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Com competência, mulheres conquistam todas as funções diretoras na Fundhacre

A sensibilidade feminina e a frieza necessária para gerir um centro hospitalar! Parecem duas coisas distintas, porém, na Fundação Hospitalar do Acre estão sendo a combinação perfeita. Como em muitos lugares, a Fundhacre (ou ‘Hospital de Clínicas do Acre’) era administrada quase só por homens, mas desde junho do ano passado tudo se inverteu. A competência delas aos poucos foi se sobressaindo com bons resultados. Desde então, na última reestruturação do Conselho Gestor, em abril, as mulheres sacramentaram-se de vez à frente da instituição.

Os cargos ocupados são: Superintendência geral Lúcia Carlos; Superintendência administrativa Kely Mary; Gerência de finanças Ana Maria; Gerência operacional Nara Duarte; Chefia administrativa Elizete Silva; Gerência de enfermagem Florisa; Gerência assistencial médica Amanda; Assessoria médica Celiane Alves; Chefia ambulatorial de especialidades Verusca; Chefia do centro cirúrgico Juliana; CPL Laura; SNT jurídico Elaine Frale; e Cooordenação do Conselho Gestor Wania Tojal (entre outros).

Seja pelo maior envolvimento ou pelos famosos ‘toques’ femininos, o lugar se tornou, naturalmente, ‘a Casa das Sete Mulheres’, com homens cedendo todos os lugares para as gestoras. E elas não deixam a desejar em nada. Ao contrário, já conseguiram até dar uma cara nova a uma das principais entidades assistenciais da Saúde Pública acreana.

Apesar disso, nem tudo é perfeito, e elas sabem disso. Por isso, o objetivo maior a partir de agora é fazer melhorias no serviço até que se alcance a prestação de um atendimento de excelência. Tudo pensando sempre no respeito e acesso à saúde do povo acreano.

De acordo com uma das precursoras da corrente, a superintendente Lúcia Carlos, o que mais destaca as mulheres é a intuição e o cuidado em zelar pelo bem do próximo. Não que os homens não tenham a mesma capacidade administrativa, contudo, há certas coisas que a sensibilidade feminina é capaz de perceber com mais precisão. E são estes detalhes que estão promovendo uma nova gestão à Fundhacre. Algo mais humana!

“Na metade de 2009 surgiu necessidade de renovar os cargos. Daí, as responsabilidades maiores foram passando de homens para mulheres. Quando nos demos conta, todas as chefias e gerências já estavam na alçada feminina, o que tem sido bom, pois cria entre nós mais determinação e compromisso para tocar a fundação com qualidade. Isso não quer dizer que houve preferências por mulheres em detrimento dos homens, mas sim que temos um retrato real da capacidade feminina”, aponta Lúcia, que completa dizendo que se qualquer homem tiver aptidão similar assumirá também um papel de destaque.  

As escolhas – Exercer as funções de alto escalão que as ‘poderosas da Fundhacre’ acumulam hoje não é para qualquer um. Segundo Lúcia Carlos e Wania Tojal, cada cargo exige um profissional que tenha alto conhecimento, competência, dedicação, experiência e respeito dentro da instituição. Isto é, todas as chefonas foram escolhidas pelo Conselho Gestor porque são as mais aptas a exercer determinadas tarefas.
“São trabalhos de decisão e, portanto, exigem muita responsabilidade. Por isso, eu acho que foi justamente pela grande aplicação e visão feminina que elas foram escolhidas. Na minha opinião, isso tem gerado um trabalho de equipe mais forte aqui dentro e tenho certeza de que está sendo uma união benéfica para a fundação”, comenta a coordenadora Wania Tojal.

Serviços prestados – Sob a supervisão das ‘poderosas’ mulheres, os serviços prestados hoje na Fundação Hospitalar são ambulatoriais em 37 especialidades médicas, tais como oncologia, nefrologia/urologia (hemodiálise), odontologia (in-cluindo pacientes especiais com fissura labiopalatal, ou labioleporina), ortopedia, clínicos gerais, enfermagem, etc. Para realização dos serviços, a Fundhacre possui centros especializados, laboratórios e estrutura hospitalar completa, e oferece, ainda, cirurgias, internação, UTIs, transplantes, etc.

Concluídas as reformas que estão em andamento, o local contará com instalações ainda mais modernas, confortáveis, acessíveis e práticas. Com tudo isso, será um verdadeiro exemplo de centro hospitalar no Estado (centro que contará com a atuação fundamental das suas novas ‘chefonas’ para ser bem administrado).

 

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