Programa visa oferecer condições aos produtores rurais, para que eles possam trabalhar de forma sustentável
Em ato na sede da Seaprof, o Governo do Estado repassou bônus de R$ 500 a 16 produtores familiares inscritos no programa de certificação de unidades produtivas familiares. Segundo o gerente da Seprof em Cruzeiro do Sul, Valdemir Neto, o programa de certificação está dentro da Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal. Esse programa visa construir as condições junto com os produtores rurais, para que eles possam trabalhar de forma sustentável, respeitando o meio ambiente e melhorando a qualidade de vida de suas famílias.
Ainda segundo Valdemir, o próximo passo é fazer o plano de cada unidade produtiva. Os técnicos da Seaprof elaboram o diagnóstico das áreas, fazem o georreferenciamento e constroem com os produtores os planos de cada área. O programa, iniciado em 2008, tem nove anos para ser concretizado, quando então todos os produtores inscritos terão um plano de utilização, de forma que os produtores poderão trabalhar sem sobressaltos relacionados à legislação ambiental.
Até agora, 14 produtores que aderiram ao programa já estão com os planos em fase de elaboração e sendo protocolados no Imac. Agora começa a elaboração dos planos dos 16 produtores que receberam bônus, enquanto outras 116 famílias estão em processo de assinatura do termo de adesão ao programa.
A produtora familiar Francisca Pereira de Freitas mora há 23 anos no Projeto Santa Luzia e observa que atualmente as condições de vida dos moradores da região melhoraram muito. Ela recebeu o bônus de R$ 500, que considera “um grande reforço” em seu orçamento.
Ela tem expectativas muito boas em relação ao futuro. O produtor Antônio Cruz também reside no Projeto Santa Luzia. É detentor de uma área de 33 hectares e, apesar da legislação ambiental que exige uma parte para reserva florestal, ele acredita que a área é suficiente para que uma pessoa sobreviva bem. Antônio se inscreveu no programa e acredita que, com o incentivo do governo e mais assistência técnica, tem tudo para dar certo, permitindo ampliar a produção familiar no Estado.
Bônus é o menos importante
Valdemir Neto explica que a bonificação não é a parte mais importante, é apenas um incentivo. “O mais importante é planejar sua unidade produtiva e se inserir numa cadeia produtiva que está sendo fortalecida pelo governo. No momento em que cada produtor tiver seu plano elaborado e protocolado no Imac, ele vai receber o licenciamento ambiental da área e poder entrar em programas de governo que vão aumentar sua produtividade e melhorar sua qualidade de vida”, avalia. (Agência Acre)