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Prefeitura discute doenças e agravos não transmissíveis

O prefeito Raimundo Angelim participou ontem pela manhã, 17, no auditório da Biblioteca da Floresta, da abertura do I Seminário de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis no Município de Rio Branco. O encontro é organizado pela Universidade Federal do Acre (Ufac), Governo do Estado, Prefeitura de Rio Branco, Governo Federal, Sistema Único de Saúde e Ministério da Saúde. O evento acontece até hoje, das 8h às 18h.

 O objetivo do I Seminário de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis é divulgar os resultados provenientes do inquérito de fatores de risco e morbidade para doenças não transmissíveis, realizado na Capital pela Universidade Federal do Acre em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. Os dados foram coletados nos anos de 2007 e 2008, e suas análises foram realizadas no ano passado. O resultado do inqué-rito foram doze trabalhos de dissertação de mestrado em Saúde Coletiva da Ufac e uma tese de doutorado.

“Quando a gente participa em qualquer encontro internacional fica muito clara a importância dos indicadores para definir, por meio de dados, a real situação de um país, estado ou município. Que esse seminário sirva para uma reflexão profunda para a execução das políticas públicas em Rio Branco”, enfatizou o prefeito Raimundo Angelim.

Doenças e Agravos Não Transmissíveis (Dant) constituem um grande e heterogêneo grupo de doenças cujo controle é importante para a saúde pública. Destacam-se as doenças crônicas não transmissíveis, cuja característica mais comum é a ausência de infecção ou contágio clássico; doenças cardíacas e cerebrovasculares – acidente vascular cerebral (derrame), câncer, diabetes e hipertensão arterial; doenças mentais – depressão, síndrome do pânico, neuroses e psicoses, além do uso de álcool e drogas lícitas e ilícitas; doenças genéticas; agravos causados por acidentes e violências, que têm como consequência lesões físicas e emocionais além de grande ônus social, sem contar os traumatismos em geral, os acidentes de trabalho e de trânsito e a vio-lência doméstica.

Estas doenças e agravos se caracterizam por múltiplas causas, longo tempo de evolução, ou são acontecimentos pontuais (acidentes, violência, acidente vascular cerebral), com evolução para óbito, ou recuperação com sequelas e necessidades de reabilitação e readaptação às novas condições de vida.
As Dant estão diretamente relacionadas à forma como a sociedade está organizada e ao estilo de vida da população. Muitas delas são decorrentes de hábitos não saudáveis, como alimentação inadequada ou insuficiente em quantidade e qualidade, uso de alimentos industrializados com substâncias nocivas à saúde (gorduras trans e saturadas, excesso de sal, conservantes, realçadores de sabor), alimentos contaminados com agrotóxicos, bem como falta de atividade física (sedentarismo); tabagismo, álcool e outras drogas lícitas ou ilícitas.

 O seminário contou com a participação do secretário estadual de Saúde em exercício, Sérgio Roberto; da representante do Ministério da Saúde, Cheila Marina de Lima; do coordenador do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, Sérgio Koifman; do secretário municipal de Saúde, Pascal Khalil e do vice-reitor da Universidade Federal do Acre, professor doutor Pas-coal Torres Muniz; além de autoridades, professores e acadêmicos. (Ascom PMRB)

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