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A portas fechadas, reunião sobre ‘apagão’ fica nas boas intenções

A reunião realizada ontem, na Secretaria de Planejamento, entre o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Josias Matos, com os diretores das estatais do setor, além de membros do governo estadual e parlamentares federais, ficou apenas em anúncios daquilo que já é conhecido. Mesmo de interesse da sociedade, o encontro foi realizado entre quatro paredes, sem acesso da imprensa.

A reunião foi convocada depois de o Acre ter ficado mais de duas horas sem energia no início do mês, por conta de um ‘apagão’ que também atingiu Rondônia. A solução apresentada para este problema é a construção da segunda linha de transmissão – o Linhão – que conecta o Acre ao SIN (Sistema Interligado Nacional).

Segundo Matos, a previsão é que o novo circuito esteja concluído em até 18 meses. “A obra está atrasada apenas à espera de licenças ambientais definitivas”, disse. Fato este também já de notório conhecimento. Até lá o certo é que muitas reu-niões serão realizadas para discutir o aprimoramento do fornecimento e distribuição de energia no Estado.

A serem realizados a cada dois meses, os encontros têm como objetivo analisar os programas que serão executados para garantir energia segura. Para o secretário Gilberto Siqueira (Planejamento), ter energia eficiente é essencial nessa fase de implementação da ZPE (Zona de Processamento de Exportação). “Nós não podemos admitir mais essas falhas. Estamos em um novo nível de desenvolvimento, que é a industrialização”, destacou.

Siqueira deu um recado aos membros do setor: “não é a questão energética que vai ser o calcanhar de Aquiles da ZPE”. Também preocupada com a questão política, a deputada Perpétua Almeida (PCdoB) disse que os ‘apagões’ têm afetado a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “No Acre, Lula tem sido conhecido como o governo dos apagões”.    

Enfática, Perpétua defendeu a adoção de sistemas alternativos que garantam ao Acre o fornecimento seguro enquanto o segundo Linhão estiver em fase de construção. Uma das possibilidades é a reativação das usinas termelétricas da Eletronorte em Rio Branco. Como a reunião foi a portas fechadas, não foi possível saber quais as discussões do Plano B.

 

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