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Morte de mulher esfaqueada e queimada no Santa Inês pode ser reconstituída

O trágico assassinato de Marilza Monteiro da Silva, ocorrido dia 14 de dezembro de 2008, na Travessa Santo Antônio, Bairro Santa Inês,  Rio Branco, pode ser reconstituído. O pedido é do advogado Armisson Lee Linhares, responsável pela defesa de Maria José do Nascimento, a “Maria Preta”, 44 anos, que responde ao processo conjuntamente com Maria da Rocha Oliveira, a “Maria Branca” ou “Maria Sete Filhos”, 37 anos. 

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, a vítima foi torturada, esfaqueada e depois teve o corpo incendiado junto com a própria casa, sem qualquer chance de defesa. Na petição inicial, cinco pessoas foram denunciadas pelo MP, mas apenas as duas Marias foram pronunciadas pelo juízo da Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco.

Armisson Lee Linhares acredita que, através da reconstituição da seqüência de fatos que desencadeou o crime, será possível comprovar que não houve participação da sua cliente. “O nosso pedido está amparado no princípio da ampla defesa, que permite ao réu buscar todos os meios de provas necessários para provar a sua inocência”, disse.

O advogado também promete entrar com Recurso em Sentido Estrito contra a decisão que pronunciou Maria Preta, sob a alegação de que não existem provas suficientes nos autos para submetê-la ao júri popular. A data do julgamento ainda não foi marcada.

Em juízo, Maria Preta se declarou casada, mãe de cinco filhos e evangélica. Afirmou nunca ter sido presa ou processada antes e que tomou conhecimento dos fatos através do processo. Admite ter brigado com a vítima anteriormente em virtude de esta ser parceira de bebida do seu marido, mas que jamais seria capaz de tamanha atrocidade.

Maria Branca, por sua vez, se declarou mãe solteira de 8 filhos. Afirmou tomar remédio controlado e que já havia sido presa uma vez. Em relação à vítima, afirmou apenas serem amigas e que esta vivia constantemente embriagada. Relatou também que uma vez presenciou Marilza colocar uma faca no pescoço de um homem.

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