Em Rio Branco, onde se encontra para uma série de encontros e reuniões, o deputado Sérgio Petecão (PMN) criticou a falta de informações do Governo Federal acerca da real dimensão do consumo de drogas.
O deputado lembrou que o primeiro trunfo para a prevenção e combate efetivo contra as drogas,”é a informação precisa e detalhada sobre os locais de oferta e consumo,além de uma política repressiva rigorosa de fiscalização e controle de fronteiras”.E lembrou que o próprio secretário nacional de Políticas sobre Drogas,general Paulo Roberto Uchôa, concordou que faltam pesquisas sobre os usuários brasileiros de drogas.
Petecão reforçou que o Brasil não conta realmente com um banco de dados eficaz para a elaboração de políticas públicas eficazes no combate às drogas.Ele destacou que o perfil do usuário contumaz de drogas (dependente) no país é realizado por uma pesquisa nacional elaborada apenas a cada quatro anos.
”O que não é suficiente.Na realidade, faltam dados como o consumo de drogas por jovens em situação de rua,mendicância e de estudantes de escolas públicas e privadas,o que efetivamente daria uma radiografia da situação”.
Em Brasília, o deputado acreano já solicitou ao Ministério da Justiça a instalação no Acre dos chamados Postos Especiais de Fronteira (Pefrons) e o aumento do efetivo da Polícia Federal nos pontos estratégicos do município de fronteira.
E foi o primeiro parlamentar no Congresso Nacional a solicitar,no início do semestre, do Ministério da Justiça e ainda da Secretaria de Combate às Drogas um programa específico de combate ao crack.
O programa foi anunciado pelo Governo Federal quase concomitante ao lançamento , na Câmara dos Deputados, da Frente Parlamentar de Combate ao Crack, da qual foi um dos mentores de sua criação.
O deputado insistiu que um dos maiores problemas enfrentados pelas autoridades do setor é a falta de leitos suficientes para tratar sobretudo o dependente do crack.”Além disto, não existe sequer orçamento oficial para aquisição de remédios para os dependentes.
Para piorar, no próprio meio médico não existe um consenso quanto os métodos de tratamento, por se tratar de uma droga nova e de alto poder destruidor”. Esta semana, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realizaram um seminário Internacional de Políticas sobre Drogas.Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU),o Brasil conta hoje com cerca de um milhão de usuários e dependentes de drogas ilícitas. ”Um dado que merece ser considerado com certa reserva,já que o número pode ser muito maior”,diz o deputado.