Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

A cena se repete

Em 2005, uma densa cortina de fumaça cobria não apenas o céu do Estado, mas as ruas e avenidas. Os carros tinham que acender os faróis durante o dia, os olhos ar-diam, os hospitais eram abarrotados de pessoas com problemas respiratórios, os estudantes chegaram a protestar usando máscaras e o Acre foi destaque na mídia nacional por causa das queimadas.

Em 2010, cinco anos depois de um dos períodos mais secos da história, voltamos ao mesmo cenário.

Sem chuvas, o ar está irrespirável, o rio está secando. Não dá apenas para dizer que a fumaça vem do país vizinho, Bolívia, de Rondônia e do Sul do Amazonas. No Acre, as queimadas estão acontecendo em grande escala, nas florestas, em áreas de assentamento, nos quintais, em toda  parte. A culpa de estarmos vivendo mais uma vez o que vivemos em 2005, também é nossa.

Em menos de uma semana, os focos de queimadas aqui no Estado praticamente dobraram, saindo de 460 para 820. É um dado assustador. Temos ainda mais de um mês de seca severa, até começarem as chuvas. Decretar estado de alerta é um passo, mas é preciso um plano emergencial a curto e longo prazo para que voltemos a ver a cor do céu durante o ‘verão amazônico’.

 

Sair da versão mobile