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Diante do nariz

Essa paisagem desoladora que tomou conta deste e outros estados da Amazônia e do Centro-Oeste, com a fumaça das queimadas, os rios secos, revela antes de tudo a falta de educação ambiental, em muitos casos. Em outros, a cobiça e a estupidez de quem ainda quer auferir lucros a qualquer custo.

A falta de educação no sentido de que, apesar de todos os alertas, o retrógrado uso da coivara – derrubar e queimar para o plantio – ainda não foi superado por muitos produtores rurais. Como nas cidades, não foi superado o péssimo costume em tocar fogo em qualquer graveto ou lixo no quintal.

A cobiça e a estupidez no caso de grandes produtores que ainda insistem em fazer grandes derrubadas para a implantação da pecuária extensiva.

O resultado está aí diante do nariz de todos: o ar irrespirável, os hospitais cheios de pacientes com doenças respiratórias, acidentes nas estradas por falta de visibilidade, os rios secos e poluídos, com a ameaça de desa-bastecimento de água potável.

Por outro lado, é pedagógico que isso aconteça. Talvez, só assim, quando faltar até água para beber, vai-se tomar consciência da necessidade de mudar esses hábitos.

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