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No rastro do tráfico

Não dá mais para esconder ou escamotear. Com esses números apresentados pela Polícia Federal sobre apreensões de drogas nos últimos três meses, o Acre transformou-se em um corredor do narcotráfico com tudo o que de ruim isso possa representar, se medidas mais eficazes não forem tomadas.

Cerca de 260 quilos de cocaína apreendidos, com mais de 100 prisões, em apenas três meses, representa uma quantidade significativa, considerando que no passado não se chegava a essa quantidade em um ano inteiro.

Não se pode ignorar que o Estado faz fronteira direta com os dois países maiores produtores de cocaína e ou seus derivados. Por isso mesmo, o narcotráfico vem tentando abrir mais este corredor e aí é que está o perigo.

Como se sabe, no rastro do tráfico e consumo de drogas pesadas vem tudo o que não presta: o crime organizado, o aliciamento de pessoas, a prostituição, a corrupção. Certamente não é isso que se quer para um estado que começa a se desenvolver. Contudo, além do bom trabalho que as várias polícias vêm realizando, é preciso investir no social, na educação e, sobretudo, na geração de empregos para se contrapor às facilidades oferecidas pelos traficantes. 

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