Parece mote ou bandeira de campanha eleitoral, mas não é. Ao propor a construção de uma ferrovia cortando o Estado, o ex-governador Jorge Viana está levantando uma questão da mais alta relevância econômica para o Acre.
Primeiro, por informar sobre um projeto que poucos conheciam. A inclusão dessa ferrovia, a Transcon-tinental EF 354), no Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).
Como este jornal divulgou na edição de domingo, trata-se de uma ferrovia de 4.440 km., partindo do Rio de Janeiro, indo até Cruzeiro do Sul e dali seria estendida até Pucallpa, no Peru.
Como observou o ex-governador não se trata, portanto, de uma “invenção”. O projeto existe e precisa ser debatido por todos os segmentos a fim de que o Estado possa, primeiro, lutar pela sua construção junto aos escalões federais.
Depois, para tirar os devidos proveitos econômicos com o transporte, sobretudo, de cargas pesadas, no caso de produtos florestais, já que a rodovia que se está asfaltando, pelas características do solo da região não suportará o tráfego de caminhões com cargas acima de oito toneladas/eixo. A questão está posta. Cabe debatê-la com seriedade e serenidade.