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Isso, jamais

Por dois dias consecutivos, o jornal A GAZETA tem recebido notificações da Justiça Eleitoral, provocadas por candidatos, para dar explicações sobre notícias divulgadas. Até aí nada de mais. Faz parte da legislação, do exercício democrático. Nos prazos exíguos estabelecidos, o jornal dará as explicações solicitadas.

O que intriga é que uma das notificações tenha partido de uma candidata a deputada federal que esteve envolvida, recentemente, em um caso nebuloso – a apreensão pela Polícia Federal de quase meio milhão de reais em caixas de papelão, doados ainda não se sabe por quem por um cidadão do município distante de Boca do Acre.

Mesmo assim, depois da divulgação do fato, o jornal atendeu ao pedido da própria candidata e seus advogados e lhe deu amplo direito de defesa em edição posterior. Alega ainda a candidata que o jornal tem sido crítico em suas considerações sobre o episódio ainda não esclarecido.

O que não se pode aceitar – e a Justiça Eleitoral precisa estar atenta – é que, a pretexto de conceder Direito de Resposta – esta candidata ou outros pretendam intimidar, cercear ou impor qualquer tipo de censura aos meios de comunicação. Isso, jamais. 

 

Categories: EDITORIAL
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