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Justiça ainda não desistiu do fragmento alojado no ombro do namorado de Edna

Apesar de já ter identificado de qual arma foi efetuado o disparo que matou a estudante Edna Maria Ambrósio, 23 anos, durante uma blitz de trânsito no começo do ano, a Justiça ainda não desistiu do fragmento que está alojado no ombro do sobrevivente e namorado da vítima, Jeremias de Souza Cavalcante.

Um novo procedimento cirúrgico foi agendado para o dia 30 deste mês, a partir das 13h, no Hospital Geral das Clínicas do Acre – antiga Fundhacre. A cirurgia já deveria ter sido realizada, mas acabou cancelada em data anterior em virtude de ausência de Jeremias.

O cruzamento do laudo de Jeremias com o laudo suplementar de Edna Ambrósio, já anexado nos autos pelo Instituto Médico Legal (IML), não deixará mais dúvida em relação à procedência da bala que matou a estudante.

Jeremias de Souza Cavalcante, 21, responde ao processo na modalidade de homicídio culposo – quando não há intenção de matar. No entender do Ministério Público, ele concorreu para o evento ao furar o bloqueio da blitz que resultou no fuzilamento da estudante. Os policiais Francisco Moreira e Moizes da Silva Costa completam o rol dos denunciados.

Jeremias, que agora figura como réu, também foi ferido durante a investida dos policiais. Segundo testemunhas, pelo menos três tiros foram efetuados contra o casal. Um deles atingiu Edna pelas costas, transfixou seu coração, e se alojou no ombro de Jeremias, ao qual ela estava abraçada. Quando a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local Edna agonizava na calçada.

Segundo testemunhas, a blitz da Companhia de Trânsito estava localizada próxima a uma curva, o que pode ter dificultado a visibilidade do condutor da moto. Outro agravante é que o piloto estaria calçando sandá-lias, o que é proibido pela legislação de trânsito e teria dificultado a freada da motocicleta.

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