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Mais do que esperteza

Esse episódio envolvendo o candidato ao Senado, Sérgio Oliveira ou Petecão, que usou de forma indevida um depoimento do presidente da Câmara Federal, Michel Temer, não pode ser visto apenas com um ato de esperteza ou jogada de marketing. Pode revelar mais coisa e coisa boa não é.

Do ponto de vista da legislação eleitoral, consta que o candidato não pode ser acionado, punido. O que só reforça mais uma falha de uma legislação cheia de remendos casuísticos. Do ponto de vista ético e moral, porém, é um ato condenável, porque foi feito com a clara intenção de ludibriar a boa-fé do eleitor.

O candidato até poderia argumentar que foi obra de algum marque-teiro de sua equipe. Pouco importa e isso não o exime das responsabilidades, já que ele não fez nada para impedir que a propaganda fosse veiculada várias vezes.

Em resumo e sob todos os aspectos, o candidato deve, no mínimo, um pedido de desculpa à sociedade e aos eleitores por usar de um ardil que depõe contra um homem público que quer representar o Estado no Senado da República. Representar como? Com este tipo de esperteza ou enganação?

 

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