Além do risco de ficar desabastecido de combustível por conta do baixo nível do Madeira que dificulta a travessia de balsas, o Acre também está vulnerável ao sobe-e-desce dos mananciais por onde navegam as embarcações que saem de Manaus carregadas do combustível produzido na Província Petrolífera de Urucu.
Segundo informações, as balsas que transportam o combustível da capital amazonense até Porto Velho já encontram dificuldades de navegação, aumentando o tempo de viagem.
Com isso, até mesmo o estoque das distribuidoras em Rondônia já está comprometido. Como Plano B, as empresas solicitaram dos fornecedores de outros Estados como Mato Grosso e São Paulo o envio de combustível.
O caso revela as vulnerabilidades às quais o Acre está sujeito em seu abastecimento de gasolina, álcool e diesel. Neste final de semana os motoristas de Rio Branco sentiram o impacto do problema. Vários postos não tinham combustíveis para oferecer.
A escassez acontece principalmente em postos da bandeira Petrobras. Segundo José Magid, do sindicato dos postos de combustível, apesar do problema não há riscos de colapso no abastecimento. “Há apenas o entrave ocasionado pelo atraso na chegada dos caminhões em virtude da travessia da balsa para o Acre”, disse.
O combustível que alimenta o Acre é proveniente da Província Petrolífera de Urucu, um complexo sistema de exploração de petróleo no coração da selva amazônica. De Manaus o combustível chega a navegar por mais de duas semanas até Porto Velho, de onde segue para Rio Branco em caminhões-tanque.