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Pai acusado de matar bebê vai a júri popular nesta quarta-feira

A Vara do Tribunal do Júri Popular da Comarca de Rio Branco julga nesta quarta-feira (15) um pai acusado de matar o próprio filho. Edson Rivarolla Ramirez teria provocado a morte da criança, de apenas três meses de idade, mediante violentos “chocoalhões”, que resultaram em traumatismo craniano.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o crime ocorreu em 19 de setembro de 2007, na Travessa Nascimento, nº 123, bairro Mauri Sérgio. A mãe, Sayonara Castro da Conceição, amamentou a criança e saiu para a escola. Pai e filho ficaram sozinhos em casa. A partir daí ninguém sabe o que realmente aconteceu.

A única certeza é de que a morte da criança foi provocada por traumatismo craniano, ocorrido aproximadamente 24h antes de o corpo ter dado entrada no Instituto Médico Leal (IML), onde foi realizada a perícia. Tanto o pai como a mãe admitem que o bebê sofreu uma queda, cerca de 10 dias antes do óbito, mas a informação não bate com o laudo da perícia.

Em depoimento prestado em juízo durante a fase de instrução do processo, o acusado declarou que não praticou nenhum ato de violência contra o filho. Segundo ele, a criança passou mal, supostamente vomitando após ter se alimentado com o leite materno. Os “chocoalhões” dados no bebê, disse, era para reanimá-lo e tentar salvar a sua vida.

A defesa do acusado está sendo patrocinada pelo advogado Armysson Lee Linhares. Ele acredita na versão de Edson e vai trabalhar pela absolvição do acusado e em último caso pela desclassificação para homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

“Tudo o que ele fez foi na tentativa de salvar o filho e não matar, nós vamos provar isso em plenário”, garante. Armysson anuncia, inclusive, que vai utilizar um boneco para simular o momento em que o pai balança o filho na tentativa de salvar a vida dele. O júri promete ser marcado por muita tensão. A presidência será do titular, Leandro Leri Gross.

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