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Região Norte do país tem só 13,5% das casas com rede de esgoto, diz IBGE

A região Norte do Brasil ainda está longe de atingir condições de saneamento básico adequadas para uma boa qualidade de vida, segundo dados da Pnad 2009 (Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (8).

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Na maior região do país, somente 13,5% dos domicílios – aproximadamente 555 mil – eram atendido no ano passado por rede coletora de esgoto. No Nordeste, a situação era um pouco melhor, mas ainda longe do adequado – 33,8% das casas contavam com coleta de esgoto em 2009. O levantamento evidencia a desigualdade dessas regiões com o Sudeste que tinha no período 85,6% das residências com saneamento.

Ao todo, em 2009, 59,1% das casas brasileiras tinham esgoto adequado – o número é um pouco menor do que o levantamento de 2008, que apontou 59,3% das residências com rede coletora. Algumas regiões, como a Norte, Nordeste e Centro-Oeste perderam a cobertura da rede de 2008 para 2009, enquanto Sudeste e Sul viram aumentar esse percentual.

A proporção de domicílios que ainda utilizam fossas rudimentares (não ligadas à rede de coleta e que não são sépticas) também assusta. Em 2009, em todo país, mais de 12 milhões de residências ainda usavam esse sistema para se livrar dos dejetos – quase a metade estavam no Nordeste (cerca de 5,1 milhões).

A Pnad classifica a rede geral de esgotamento sanitário da seguinte forma:

– Rede coletora (de esgoto ou pluvial): canalização de água e dejetos ligada a um sistema de coleta que os conduz para um sistema da área, região ou município, mesmo que este não disponha de estação de tratamento (coleta considerada adequada pelo IBGE)

– Fossa séptica ligada à rede coletora de esgoto ou pluvial: a água utilizada e os dejetos vão para uma fossa, onde passam por um processo de tratamento ou decantação, sendo a parte líquida canalizada para um local geral da área, região ou município (coleta considerada adequada pelo IBGE)

– Fossa séptica não ligada à rede coletora de esgoto ou pluvial: a água utilizada e os dejetos vão para uma fossa, onde passam por um processo de tratamento ou decantação, sendo a parte líquida absorvida no próprio terreno

– Outros: quando os dejetos vão para uma fossa rudimentar (fossa negra, poço, buraco etc.), diretamente para uma vala, rio, lago ou mar, ou quando o escoadouro não se enquadra em quaisquer dos tipos descritos anteriormente

No último dia 1º, os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2010, também do IBGE, mostravam que em regiões onde o esgotamento sanitário é inadequado, como é o caso do Norte do país, a proporção de doenças relacionadas ao saneamento básico é maior. (Fonte: IBGE)
 

 

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