Incrédula, mas, sobretudo, indignada a sociedade brasileira assiste lances picarescos que cercam esses últimos dias da campanha do segundo turno para presidente da República.
Com o apoio de uma parte da mídia, com interesses mais do que confessos, de repente, um simples incidente com militantes e uma bolinha de papel ou um rolo de fita crepe arremessados na careca de um dos candidatos transformam-se em um violento atentado contra a integridade física.
Ocorresse tal fato nos grotões do país, em um pleito paroquial, municipal, até se entenderia e não passaria de um fato pitoresco, folclórico. O que não se pode aceitar é que ocorra em uma disputa para o mais alto cargo da República e se transforme em uma tragédia.
Se a sociedade já estava se ressentindo de um debate mais aprofundado sobre as grandes questões nacionais e propostas para resolvê-las, o que esperar de agora em diante com essa farsa ou espetáculo circense?
A propósito, a empresa responsável pelo setor de distribuição de energia no Acre precisa vir a público e esclarecer o ‘apagão’ ocorrido anteontem à noite, na hora do comício do PSDB.