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Dia dos Finados gera visões divergentes nas vendas entre as lojas de Rio Branco

Como em outras datas de menor ‘expressão comercial’, as vésperas do Dia dos Finados têm criado expectativas diversificadas entre as lojas da cidade. Alguns estabelecimentos varejistas esperam mais do que dobrar as vendas de produtos típicos para a data (flores, velas, fósforos e etc). Em contrapartida, outros acreditam que quase não haverá impacto, com alta de, no máximo, 10 a 15% (referidos segmentos) sobre os demais meses do ano.

Em comparação ao ano passado e sobre o feriadão prolongado, também há divergências. Enquanto uma parte otimista de lojistas espera superar as vendas de 2009 com uma boa margem, a outra parcela crê que neste ano os volumes serão iguais ou até mesmo piores. Quanto ao feriado, um grupo confia que os dias de folga motivarão os rio-branquenses a buscar seu lado religioso e resgatar antigas homenagens a seus falecidos entes queridos. Outro grupo considera que todos devem aproveitar folga pra viajar, e não ir a cemitério.

Apesar do lado negativo no mercado, a outra parte não diminui em nada o seu otimismo e até já deu largada para melhorar as vendas. De acordo com Paulo Sarquiz, gerente do supermercado (ramo que deve ter os melhores volumes na cidade) Varejão Popular, a loja começou a registrar os primeiros efeitos do Dia dos Finados no início desta semana.

A partir do sábado, com o feriadão, ele conta que as vendas devem começar a subir num ritmo maior.Por isso, a loja pediu estoque a mais de velas e flores naturais (crisantos) e monta sua exposição à parte com tais produtos, entre outras estratégias de marketing. A meta, diz o gerente, é atingir até 20% sobre o volume registrado para a data em 2009 (já que investiram na organização) e triplicar a venda do segmento sobre os meses comuns.

“Os clientes já começaram a visar mais esta seção de velas, por isso, vamos destacá-las, a fim de obtermos bons resultados para este Dia dos Finados. Estamos recebendo mais produtos e mais novidades para agradar a todos. Temos velas de 7 dias (de R$ 4 a 5,19), comuns (R$ 1,95), pequenas (R$ 1,69), fósforos (R$ 1,19) e flores (R$ 10,00)”, detalha.

Já nas lojas especializadas em flores a expectativa não é tão boa. Segundo a empresária do Clube das Flores, Ginia Ayache, o Dia dos Finados praticamente não altera nada no faturamento do local. “As vendas neste final de outubro são iguais a qualquer outro fim de mês. Em relação ao ano anterior, também não deve haver muitas mudanças, já que mesmo em 2009 não houve nenhum aumento fora da normalidade”, conta ela.

Outro motivo que ela aponta como desanimador é que os clientes não gostam tanto de comprar as flores porque elas geralmente são roubadas nos cemitérios, de madrugada. Ainda assim, Clube das Flores prepara arranjos especiais para a data, como buquês em formato de corações, cruzes e as tradicionais coroas. Os buques custam de R$ 90 a 120.

Apesar das expectativas não tão positivas de empresários floriculturistas, os pequenos  plantadores de ferinhas seguem uma tendência diferente. Conforme Graça Batista, que possui uma barraca de plantas e mudas no Mercado Municipal Elias Mansour, muitas pessoas a procuram sempre nesta época atrás de arranjos de flores para sepulturas. Por tal razão, ela diz que vai se preparar (inclusive com cursinhos especializados no Sebrae) para que no Dia dos Finados de 2011 possa atender tal demanda. “Eu pretendo plantar algumas mudas no meu viveiro para confeccionar alguns buquês para a data”, completa.     

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