A indústria acreana apresentou crescimento de 4% no seu volume de vendas de julho para agosto. O resultado positivo é atribuído ao bom desempenho pelo qual a construção civil passa nestes meses do ‘verão amazônico’, quando as grandes obras do Estado estão em plena execução. Os números do setor foram apresentados ontem pela Fieac (Federação das Indústrias do Acre).
Além das vendas, o segmento de geração de empregos também apresentou alta de um mês para o outro: 1,19%. Custo com pessoal e dias trabalhados seguiram a mesma curva e fecharam em 0,74% e 0,86%, respectivamente. O uso da capacidade instalada – termômetro do nível de atividades do setor – elevou-se 0,57%.
Agosto foi o terceiro mês consecutivo de alta da indústria acrea-na, influenciada ainda pelo período eleitoral, quando os setores de gráfico e de confecções quadriplicaram o faturamento. Principal segmento da indústria, a construção civil acumula alta de 54% no nível de empregos nestes 9 meses de 2010 analisados.
Em setembro, porém, quando comparado com agosto, o setor teve leve recuo na contratação de trabalhadores: 0,28%. A queda levou para baixo a curva de alta que se iniciou ainda em março.
Setembro e março são os meses de transição para a sazonalidade do setor. É a partir de setembro que as empreiteiras começam a se preparar para o período de chuvas, quando os canteiros ficam quase vazios.
A primeira medida adotada por elas é a demissão de funcionários para diminuir os custos. Outra preocupação em especial da indústria está na transição dos governos. Segundo o presidente da Fieac, João Francisco Salomão, a troca de governadores e presidente sempre tende a paralisar os investimentos públicos.
“Os gestores que assumem geralmente costumam retardar a execução de algumas obras, revisar contratos e outros trâmites burocráticos”, disse ele