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Mesmo com eleições, greve dos bancários continua em andamento e chega ao 6º dia

Todos os olhares foram voltados à disputa eleitoral nos últimos dias, mas nem mesmo a falta de atenção tirou a disposição dos bancários de todo país em fazer greve. O movimento atingiu ontem (4) o seu 6º dia, propagando-se para mais agências nacionais.

No Acre, as agências do Banco da Amazônia (Basa) de Cruzeiro do Sul e de Brasiléia foram as duas mais novas a aderir a corrente grevista, na manhã de ontem. Agora, a greve já totaliza 14 agências paralisadas no Estado, das quais 9 são de Rio Branco e 5 são do interior (Cruzeiro, Feijó, Brasiléia e Senador Guiomard).

O número de servidores de braços cruzado também é alto. De quase 800 bancários no Estado, em torno de 60% (450) estão engajados no movimento. Os demais 30 a 40% de funcionários representam os que executam serviços essenciais. No país, a greve já paralisa em torno de 470 mil bancários, em mais de 3.900 agências. Como mais e mais agências entrando no ato, filas de usuários nos caixas de bancos vai se tornando cada vez maior.

De acordo com Elmira Fa-rias, presidente do Sindicato de Bancários do Acre (Seeb/AC), a categoria lamenta os transtornos que a greve gera à população. Porém, ela destaca que o movimento tem que continuar a fim de garantir melhores condições salariais à classe e menos ‘abusos exploratório’ aos usuários. Entre tais desmandos, a sindicalista aponta a cobrança de altas taxas, tarifas extras, atendimentos ruins e longas esperas em filas.

Elmira Farias também ressaltou que o motivo para a quantidade de agências aderindo à greve é cada vez maior por conta da insatisfação geral em face das atuais condições de trabalho da categoria. Os bancários reivindicam por itens negados na campanha salarial 2010 (11% de reajuste salarial, alta para 1 salário mínimo no ticket-alimentação e cesta básica, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 3 salários, entre outros).

Segundo a sindicalista acreana, até o fim da tarde de ontem não havia nenhuma resposta de negociações entre a classe e a Fenaban. O comando geral de greve esteve reunido ontem, mas era entre si, e não com os patrões. Ainda assim, os sindicatos não tinham recebido nenhuma ordem de tal encontro. Por isso, a paralisação segue por tempo indeterminado!

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