O Ministério Público Eleitoral ajuizou mais uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) no Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE/AC) com pedido de declaração de inelegibilidade e a cassação do registro ou diploma da candidata eleita a deputada federal Antônia Lúcia (PSC) e de seu marido, Silas Câmara (PSC), candidato eleito a deputado federal pelo Estado do Amazonas. Eles são acusados de abuso de poder econômico.
De acordo com a representação do MPE, por meio da quebra judicial do sigilo telefônico dos acusados, a Polícia Federal conseguiu apreender quase R$ 500 mil não declarados à Justiça Eleitoral, que teriam sido repassados pelo deputado federal Silas Câmara a então candidata Antônia Lúcia e seriam utilizados para o financiamento de “caixa dois” na campanha eleitoral.
O inquérito policial que instrui a representação do Ministério Público narra ainda outros crimes supostamente cometidos pela candidata do Partido Social Cristão, entre eles uso indevido de meio de comunicação social e compra de votos. Por meio de escuta telefônica a PF constatou também que colaboradores da candidatura de Antônia Lúcia, dentre os quais pastores de vários Templos e Igrejas evangélicas de Rio Branco, agiram no sentido de elaborar listas de eleitores com necessidades para repassá-las ao núcleo de apoio a candidata, que se encarregaria de obter bens para quem necessitasse.
Esta é a segunda Ação de Investigação Judicial Eleitoral apresentada pelo MPE contra Antônia Lúcia. Na primeira, o Ministério Público acusa a candidata de distribuir combustível em troca de votos.
A relatora do processo é a desembargadora Eva Evangelista.
Fonte: Ascom/TRE