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Disputa pela presidência da Câmara de Rio Branco deve mobilizar partidos da FPA

O cargo se tornou duplamente importante no organograma político do Acre. Isso porque com a eleição do vice-prefeito da Capital, Eduardo Farias (PCdoB), como deputado estadual, o próximo presidente da Câmara da Capital acumulará também o cargo. Preocupado para que a disputa não crie cisões dentro da Frente Popular, o secretário municipal de Articulação Política, Márcio Batista, já começou a conversar com a bancada de vereadores governistas. “Mas a decisão só acontecerá após o segundo turno, depois de um debate com todos os partidos que compõem o nosso grupo político”, garantiu ele.

Apesar de não haver nada de oficial, Márcio Batista confessa que já existem articulações. “Nós teremos a eleição da mesa diretora, em dezembro, para o novo biênio. Terá um caráter mais especial por ser também a indicação do vice-prefeito. Nos bastidores já existem muitas especulações. Mas queremos fazer o debate bem organizado discutindo com as executivas dos partidos da FPA. O resultado deverá fazer a manutenção da unidade política da FPA”, ressaltou.

Com a ampla maioria governista na Câmara, 10 dos 14 vereadores já surgiram alguns pré-candidatos. “Existem nomes oferecidos para o debate ainda que não oficialmente. Os vereadores Juracy Nogueira (PP) secretário da mesa, Rai-mundo Vaz (PRP) e Alyson Bestene (PP) pretendem entrar na disputa. Claro que serão alternativas, mas o assunto será tratado no âmbito interno da FPA”, justificou.

Quanto ao partido do prefeito Raimundo Angelim (PT) entrar na disputa, Márcio, acha difícil. “O PT tem possibilidade porque tem dois parlamentares, Ricardo Araújo e Gabriel Forneck, mas ainda não se posicionou e não manifestou interesse. Claro que isso ainda poderá acontecer”, salientou.

Indicação do prefeito
Outro ponto descartado seria o do atual prefeito fazer a indicação. “O prefeito Angelim como liderança da FPA já manifestou a sua posição de que o debate passará pelo Conselho de Partidos e não vai fazer isso individualmente. Mesmo sendo o prefeito quer resolver em comum acordo para que possamos coletivamente discutir e definir. Se não fosse assim poderia haver prejuízos para a nossa unidade política. A maioria de vereadores que existe hoje só será mantida se os partidos tiverem poder de voz num debate transparente e democrático”, explicou.

Atual legislatura
Criticada por parte da população da Capital, a atual legislatura, terá que mudar as suas atitudes nos seus dois últimos anos. Márcio Batista, fala sobre ações que ajudariam na mudança de imagem da Câmara. “Os vereadores têm a prerrogativa de fiscalizar o executivo no que é importante para a população. Poderiam ter uma postura de proposição qualificando o debate que interessa através de pautas novas. Também ouvir mais a população e estar presente nos bairros ajudaria. Isso poderá criar um maior dinamismo da Casa gerando programas para dialogar com a prefeitura. Seriam importantes essas ações para o 2º período da legislatura”, finalizou.

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