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Desmatamento no Acre foi um dos que mais cresceram, mostra Inpe

Contestando o governador Binho Marques ao declarar na quinta-feira (23) que o Acre tem registrado os menores índices de desmatamento, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais) mostra o oposto. De acordo com o relatório do Deter (Deteção de Desmatamento em Tempo Real), a área de floresta devastada no Estado entre setembro e outubro últimos foi de 41,80 km2; no mesmo pe-ríodo do ano passado o desmatamento chegou a 11,24 km2.

A variação representa um crescimento de 272%. “O Acre cresceu no período que atingimos os níveis mais baixos de desmatamento. Então hoje não existe mais contradição entre a obra da BR-364 e o nosso projeto de desenvolvimento sustentável”, disse Binho na semana passada.

Tocantins foi o campeão em elevação do desmatamento, com 458%. Mas em números reais a devastação foi menor do que no Acre. O Inpe registrou uma área afetada de 5,31 Km2 entre setembro e outubro no Tocantins. Em igual período do ano passado foi de 0,95 km2. Nos Estados vizinhos também houve aumento da floresta impactada pelo desmate.

Rondônia cresceu de 85,24 Km2 ano passado para 154,41 Km2 – variação de 139%. No Amazonas, o desmatamento evoluiu 85% no mesmo período, saltando de 64,06 Km2 para 119,82 Km2. Entre os municípios onde o desmatamento mais cresceu estão Boca do Acre e Lábrea, ambos no Amazonas e bem próximos da divisa com o Acre. Os 2 fazem parte da lista dos 10 maiores desmatadores do Inpe.

Também estão na lista de preocupações dos órgãos ambientais, como o Ibama e o próprio MMA. A área de floresta derrubada nos 2 municípios foi, respectivamente, de 40,7 Km2 e 29,41 Km2. 

 

 

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