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Memórias de Rio Branco

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
07/01/2011 - 04:08
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Tenho vivido e testemunhado precisamente 9 dos 128 anos de história e vida da Cidade de Rio Branco, pois que aqui cheguei aos primeiros dias de janeiro de 2002. Trago na memória a primeira impressão da cidade que me deparei: as ruas eram estreitas e mal cuidadas; a iluminação pública era péssima; no verão havia poeira em todo lugar; no inverno sobejava o lamaçal, mesmo no Centro da cidade, notadamente nas adjacências do Parque da Maternidade, na época em fase final de construção; a periferia da cidade vivia situação lastimável com lixos acumulados nas esquinas de ruas e; para completar faltava água nas torneiras. Bem diferente da atual Rio Branco, com suas ruas e avenidas alargadas e bem iluminadas, humanizada sob todos os aspectos, na pontualidade da coleta de lixo, inclusive. A cidade tem hoje, provavelmente, uma visibilidade paisagística urbana das mais atrativas do Brasil. Dá gosto ir às praças públicas!

Deixa-me dizer, antes de continuar, que me faltam palavras para dissertar sobre a história de Rio Branco, pois isso abarcaria todas as instituições, os movimentos sociais e as batalhas revolucionárias; os avanços tecnológicos, à antropologia, as ciências em geral e os desenvolvimentos culturais, bem como governamentais, da cidade e do Estado do Acre. Afinal, todos sabem, a história de uma cidade, no caso Rio Branco, é também, a experiência passada do seu povo. É o esforço de re-memorar o passado e seus eventos importantes. Pois, o moderno é a soma total e viva do passado.

Todavia, é sobre o cidadão de Rio Branco; dessa gente virtuosa e acolhedora, com suas lutas, seus anseios e suas esperanças, que posso dizer algumas obviedades. O cidadão de Rio Branco, apesar dos pesares, está vinculado à sua herança sócio-cultural. Isto quer dizer que, mesmo sendo o articulista aqui planta nova na região, pode compreender perfeitamente, com base nesta dinâmica e organização, que determinam uma sociedade, as linhas gerais dos antecedentes culturais desta terra. Cultura oriunda de cruzamentos inter-raciais, onde pontificam as raízes nordestinas; povo brioso que valoriza o trabalho em prol da sobrevivência.

É essa raiz cultural, ainda presente, que permite a Rio Branco resistir à lesiva cultura globalizada Cultura mundial perniciosa que sufoca a sociologia e as tradições das cidades pequenas, cultura que nos faz viver em constantes mutações. O que se constrói pela manhã é substituído à tarde pelo “novo” e assim vai. Na presente sociedade, chamada de pós-moderna não tem nada pronto, nada perdura e tudo sofre mudanças bruscas. Vivemos a desordem social diferentemente dos bons dias de antigamente, quando parecíamos ter poucos problemas sérios e a vida era confortável, serena e previsível, diria Darci Ribeiro.

Ainda assim, creio firmemente que os cidadãos que investem suas vidas em terra acreana, especialmente em Rio Branco, inseridos num contexto sociopolítico e cultural, sem ranços partidários, estão comprometidos com o desenvolvimento desta terra. Enquanto meditam nas lutas passadas, algumas terríveis e cruéis apostam com todas as forças no trabalho honesto; contam com a ação dos governos constituídos, não como geradores de empregos, pois quem gera emprego é a iniciativa privada; aos governos compete fornecer os meios (não confundir com subsídios financeiros) legais, sem burocracia jurássica; apontar caminhos sustentáveis para o progresso e bem-estar dos seus governados.

Estou convicto de um fato: A esperança do cidadão de Rio Branco e por extensão a do povo acreano em geral, é a de que sejam criadas políticas públicas mais humanas, com a descentralização de renda. Isto é, equidade e oportunidades para todos, sem ressalva, como quer o atual governador Tião Viana. Significa não deixar morrer as esperanças, de melhores dias, que enchem o peito de cada cidadão acreano.

Ademais, menção especial para alguns nobres defensores da história e cultura da cidade de Rio Branco. Esses historiadores, alguns à frente de organismos públicos desenvolvem uma luta espartana, em aguçar a memória  do povo acreano para o que foi circunscrito  pelo tempo e pelo espaço. A memória é o principal instrumento na descrição das questões que envolvem a história, no nosso caso, de Rio Branco. Esses historiadores valorizam e enobrecem a sua terra. A propósito, da valorização do que é daqui, nota dez pela recuperação do antigo Cine Teatro Recreio, ali na Gameleira. Lá estive visitando a reforma do prédio e, mesmo não tendo ainda assistido nenhuma peça ou filme em cartaz, fui tomado de uma satisfação ímpar, de maneira especial pela reabertura desse espaço cultural.
Estou por aqui, colaborando com o avanço da educação superior no Estado; por aqui estão, também,  meus filhos e netos, dos quais três são acreanos. Não pude escolher o lugar onde nasci, no entanto no ocaso da vida já tenho escolhido, se Deus permitir, o lugar onde serei sepultado: Rio Branco!

* Francisco Assis dos Santos é professor e pesquisador  bibliográfico em Filosofia e Ciências da Religião. E-mail: [email protected]

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