A exposição que a epidemia de dengue alcançou através do Jornal Nacional, da Rede Globo, deve ser tratada na sua devida conotação: antes de tudo, um caso grave de saúde pública. Explorações políticas ou eleitoreiras em nada ajudariam a entender o problema nem resolvê-lo.
Na verdade, o que foi mostrado como novidade não é mais para quem vive no Estado. De modo particular, na Capital, onde a doença atingiu índices de epidemia, inclusive com oito mortes por dengue hemorrágica. Esta realidade já foi mostrada pela mídia local e reconhecida pelas autoridades, a começar pelo governador do Estado e o ministro da Saúde que aqui esteve, recentemente.
Esses são os fatos, esta é a realidade. Como também se conhecem as causas. A principal delas, a falta de saneamento básico que fez com que o mosquito transmissor da doença, o Aedes egypti, encontrasse as condições propícias para se proliferar.
Contudo, há que se reconhecer que esforços vêm sendo feitos e de forma correta: os órgãos públicos fazendo a sua parte e a população a sua. Em resumo, esta é a realidade e como tal deve ser tratada, sem pirotecnia ou outros tipos de exploração.