Depois da epidemia da dengue, esses casos de leptospirose regis-trados na Capital só reforçam a constatação de que a cidade tem sé-rios problemas de saneamento básico e precisa de grandes investimentos para se livrar dessas doenças.
Dengue, leptospirose, hepatites, malárias, verminoses e viroses de todos os tipos são doenças tipicamente ‘sociais’. Elas surgem e proliferam onde encontram as condições propícias.
Ou seja, em esgotos a céu aberto, falta de coleta de lixo, áreas alagadiças e insalubres, combinadas com a falta de informação e educação da população. Por mais duro que seja em dizer, é exatamente assim que acontece.
Não se ignoram os investimentos já realizados em obras de infra-estrutura na cidade. Mas ainda não são suficientes para impedir o surgimento dessas doenças. Além disso, é preciso, urgentemente, redirecionar os investimentos para os bairros periféricos em situações precárias devido à falta de rede d’água e esgoto, ruas tomadas pelo lixo, matagal e charcos.
Em boa hora, o Governo do Estado está criando um departamento de pavimentação de ruas tanto na Capital como nas sedes dos municípios. Com certeza, é uma das prioridades mais urgentes, justamente, para combater e debelar esses focos de doenças.