Não há o que tergiversar, muito menos esconder. Essas denúncias de desvios de recursos públicos na Fundação Hospitalar, no governo passado, vindas a público agora com mais detalhes, têm que ser apuradas com rigor e os responsáveis punidos, de acordo com a lei.
A rigor, não são fatos novos. Como se divulgou no final do ano passado, um dos envolvidos chegou a tomar veneno após o esquema ilegal de vendas de passagens do TFD (Tratamento Fora de Domicílio) e a contratação da UTI no ar ser descoberto.
De lá para cá, o Ministério Público Federal e depois Estadual abriram processo investigatório e agora o ex-superintendente da Fundação vem a público escancarando os fatos. Como ele mesmo diz, dando “nomes e endereços” dos envolvidos. Só o que estranha é o fato de não ter denunciado antes e, como responsável maior pela Fundação, ter tomado as providências.
Contudo, esse detalhe só reforça a necessidade de se investigar com maior rigor e celeridade essas denúncias. Trata-se de recursos públicos supostamente desviados de um setor nevrálgico como o da Saúde e a sociedade exige e tem direito a uma explicação dos órgãos responsáveis pelo gerenciamento e fiscalização.