O juiz da Comarca de Acrelândia, Gilberto Matos de Araújo, revogou a prisão preventiva do delegado Carlos Bayma, decretada no dia 14 deste mês, sob suspeita de abuso de poder, prevaricação e coação de testemunhas. Por força da decisão, Bayma deixou o quartel da Polícia Militar do Acre, onde cumpria a determinação judicial, no início da noite da última sexta-feira, 25.
Por telefone, o advogado Sérgio Farias, que atua na defesa do delegado, informou que ele vai retomar as suas funções normalmente, haja vista que não há nenhum impedimento nesse sentido. Às 11h da manhã de hoje, o advogado acompanhado de seu cliente, falou sobre os motivos que ensejaram a decisão do juiz.
Com o fim da oitiva de testemunhas do processo que apura o assassinato do ex-presidente da Câmara de Vereadores de Acrelândia, Francisco José da Silva, o Pinté, morto a tiros dia 1º de maio do ano passado, o juiz entendeu não ser mais necessário manter a prisão do delegado. A primeira parte da instrução durou quatro dias, com previsão de continuação na próxima sexta-feira, 1º de abril, quando serão ouvidos os seis acusados pelo crime.
Além de Bayma também tiveram as prisões preventivas revogadas o policial civil aposentado e Paulo Araújo, pai do ex-prefeito Carlos Cezar. Ambos estavam detidos no presídio estadual Doutor Francisco de Oliveira Conde e foram colocados em liberdade na manhã de sábado.
O advogado Luccas Vianna, que atuou na defesa de Paulo Araújo, elogiou a postura do juiz Gilberto Matos, e disse que a revogação das prisões demonstra a seriedade com que a Justiça trata o caso. “Se as prisões visavam garantir a instrução das testemunhas, com a conclusão dos trabalhos era natural que o juiz mandasse soltar os acusados”, declarou. (Agazeta.net)