Mulher foi encontrada com sinais visíveis de desnutrição
A diligência de investigadores da Delegacia de Repreensão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil foram cumprir mandados de busca e apreensão contra pessoas acusadas de tráfico de drogas na tarde de segunda-feira, 14, na Rua Lima Barreto, Conjunto Esperança I. Mas chegando no local, os agentes foram surpreendidos com uma cena que deixou toda a equipe revoltada.
Na casa onde se cumpria o mandado, os investigadores encontraram uma mulher vestida somente com uma camiseta e despida da cintura para baixo. Ela estava encolhida no canto da parede de um pequeno quarto de madeira.
A mulher, identificada pelo nome de Genir Ferreira dos Santos, 55 anos, é deficiente mental. De acordo com informações da polícia, ela estava sendo vítima de maus-tratos pelos seus responsáveis.
“O quarto estava imundo, um mau cheiro insuportável e a mulher estava visivelmente maltratada. Nua da cintura para baixo e apresentando sinais visíveis de desnutrição. A cena foi de cortar o coração”, afirmou um policial.
Imediatamente, a equipe da DRE acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que resgatou a mulher e a encaminhou ao Hospital de Doenças Mentais (Hosmac).
Segundo informações da polícia, as pessoas que seriam os donos da casa teriam alegado que a mulher estaria despida porque ela rasgava as próprias roupas devido à deficiência mental.
“Nada justifica a situação em que a vítima era submetida, pois no quarto não havia nenhum cobertor e nenhuma medicação. Quanto ao fato de ser doente mental, é obrigação da família ou responsável buscar tratamento médico junto aos órgãos de saúde”, disse um agente da polícia.
De acordo com informações, como a pessoa apontada como responsável pela vítima não se encontrava em casa, o caso foi levado ao conhecimento das autoridades responsáveis, para as devidas providências quanto à punição pelo abandono e maus-tratos.