Esse episódio do despejo das casas do Conjunto Ilson Ribeiro serviu também para uma outra constatação: a demanda reprimida por habitação popular que vem crescendo, a cada ano, na Capital e nos municípios, de modo geral, que começam a gerar esses conflitos.
Mais do que ficar com explorações exacerbadas sobre o episódio, esta é a verdadeira questão que precisa ser analisada e resolvida. É preciso considerar que, embora em menor proporção do que na década de setenta, o êxodo rural não estancou. Tanto a Capital quanto as sedes dos municípios se ressentem da oferta de casas populares, com um mínimo de infra-estrutura, para abrigar essas milhares de famílias de baixa renda ou renda nenhuma.
Oportunamente, o atual Governo está anunciando a construção de cerca de 10 mil moradias. Esta é uma prioridade. Mais do que construir quarta ou quintas pontes ou outras obras que parecem necessárias, porque são imponentes e caras, mas não são prioritárias.
É sempre conveniente lembrar que uma moradia minimamente decente é, além de um direito, um dos fatores de agregação familiar.