Um grupo de educadores esteve na Câmara Municipal ontem. Eles estão participando da XII Semana Nacional de Educação, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Sob o tema promoção da Educação Pública, eles expuseram idéias e avaliaram a educação no Acre. Hoje, estarão na Assembléia Legislativa (Aleac).
Compuseram a mesa os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac), da Confederação dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e os presidentes dos Conselhos Estadual e Municipal de Educação. “Viemos aqui para sensibilizar os vereadores, objetivando alcançar as metas estabelecidas para o decênio do Plano Nacional de Educação”, disse a presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Iris Célia Cabanelas Zanini. “Considero esta visita de extrema importância”, complementou a representante da CTB, Andréa Alab.
Educadora há quase 30, a representante do Fórum de Educação Étnico Racial, Almerinda Cunha, critica os modelos educacionais vigentes. A seu ver, a educação no Brasil ainda é excludente e preconceituosa.
“Somos um país diverso, com uma população diversa. Precisamos rever conceitos, mudar paradigmas e formar uma nova cultura, na qual todas as raças e grupos étnicos estejam contempladas”, propôs a ativista, referindo-se a brancos, negros, índios, portadores de deficiências, entres outros.
Presidindo a sessão, o vereador Roger Correia (PSB), que também é professor, assim se posicionou sobre a vinda dos educadores. “O parlamento é um local de discussão de idéias e apresentação de propostas. Estamos honrados com visitas tão ilustres”, disse ele. Quanto à profissão, Roger a concebe como ‘um sacerdócio’, uma verdadeira vocação. “Devemos ter boas condições de trabalho e salário, mas nada consegue superar a gratificação de você formar caráter, de formar cidadãos”, concluiu o vereador, que concilia a atividade parlamentar com a sala de aula.