A deputada federal Perpétua Almeida fará a defesa, junto ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na próxima terça, do projeto de sua autoria que obriga o SUS a imunizar mulheres de 9 a 26 anos contra o câncer do colo de útero. A proposta, que tramita na Comissão de Seguridade e Família da Câmara Federal, determina a gratuidade da vacina anti-HPV, o Papilomavírus Humano, responsável pela 2ª maior causa de morte por câncer entre as mulheres no país.
A deputada e o ministro conversarão sobre o assunto durante um almoço em que a bancada feminina conhecerá as políticas prio-ritárias do MS. Em seguida, Perpétua levará o tema para a ministra de Políticas para Mulheres.
A idéia é sensibilizar as autoridades sobre o alto custo da vacina, que no Brasil, tem preço médio de R$ 1 mil às 3 doses necessárias à imunização.
Ao ministro, a deputada apresentará uma dúvida sobre o índice de satisfação do governo sobre os programas de prevenção ao HPV. Perpétua quer saber a viabilidade de o país também adotar a captura híbrida na seleção do câncer de colo uterino. Trata-se do primeiro método com registro na Anvisa e FDA, capaz de rastrear preventivamente o HPV e dizer com segurança se certas lesões irão, um dia, evoluir para tumores. No Brasil, esta técnica é acessada apenas pelos usuários do sistema privado.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a cada ano, 15 mil novos casos são identificados no país. Por isso, o projeto recomenda que estados e municípios acompanhem o cumprimento da lei. O governo deve reservar recursos suficientes junto ao orçamento da União. “Sabemos que milhões de mulheres não têm mil reais para o exame”, disse Perpétua.
Os estudos foram apresentados à deputada na manhã de ontem pelo gerente de Assuntos Governamentais da empresa Quiagen. (Assessoria)