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Não estão ouvindo

Saber ouvir é muito importante para o processo democrático, para as relações pessoais, familiares, comerciais ou institucionais.

Quem é sábio ouve mais e fala menos. Saber ouvir é ter um dom especial para digerir as opiniões e colocações dos outros para se orientar e repensar os próprios conceitos e atitudes para o bem da coletividade.
Nunca esteve tão em moda as audiências públicas como agora. Isso é bom. Isso é democrático. O que preo-cupa, no entanto, é se estão ouvindo, se estão de fato escutando ou se estão fazendo ouvido de mercador.

Fazer as audiências públicas e não dar ouvidos ao que é dito pelo público é uma falsa democracia, um engodo, um teatro.

Em Brasília, os gestores não ouviram a voz do público especialista e conseguiram, à toque de caixa, na Câmara Federal, aprovar a prorrogação até 2035 da cobrança da Reserva Global de Reversão (RGR) na conta de energia elétrica de todos os brasileiros.

Paralelo a isso, o governo não é transparente na gestão e aplicação dos recursos da RGR e apenas 46% do montante arrecadado por ano(cerca de R$ 1,5 bilhão) é realmente aplicado no setor elétrico.
Se o Senado ouvir o povo, de verdade, não vai aprovar a permanência de mais essa contribuição tributária. Ouvir é se importar com os consumidores residenciais e industriais e com o desenvolvimento do Brasil.
 

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