Em qualquer movimento reivin-dicatório, no Estado Democrático de Direito, a intransigência e radicalização dos dois lados são sempre a pior conselheira. Os envolvidos perdem o foco dos objetivos a que querem chegar e os resultados são quase sempre insignificantes ou nenhum.
No caso, por exemplo, do movimento reivindicatório da Polícia Militar e Bombeiros, suas lideranças, se forem inteligentes, já devem ter-se dado conta que não podem radicalizar.
Se forem inteligentes, como são, já devem ter-se dado conta que com a vinda da Força Nacional o Governo tem recursos para se contrapor ao movimento não deixando a sociedade à mercê da insegurança pública.
Já se disse e vale repetir que as reivindicações podem ser justas, como o são. Porém, é preciso, primeiro, cautela para não provocar situações extremas, como a de deixar o aeroporto sem bombeiros, como ocorreu, no sábado.
Depois, negociar sempre para obter algum ganho possível. Com essa disposição, estarão preservando os direitos da sociedade e obrigando, moralmente, o Governo também a negociar.