Ligado às comunidades de base, o vereador Elias Campos (PRP), que assumiu interinamente a prefeitura na semana passada, afirmou que o Programa de Gestão Participativa (PGP) não deu certo. Lamentando, o parlamentar informou que este ano não haverá discussão e uma consequente pactuação, fato que prejudica as populações dos bairros mais afastados.
Campos critica a equipe técnica da prefeitura, mas não se esquiva em dizer o papel da Câmara Municipal. “Nós, os vereadores, somos os mais próximos da população. Acho que está faltando sinceridade e seriedade nos compromissos assumidos. Os vereadores devem cobrar mais, até porque somos os mais cobrados”, apregoa o parlamentar’, referindo-se a uma possível sabatina na Casa marcada para esta semana.
Idealizado por administrações petistas do Sul do país, principalmente nas administrações da Prefeitura de Porto Alegre (RS), o orçamento participativo objetivava aproximar as comunidades do processo deliberativo, por meio dos debates e direcionamento dos recursos, compartilhando as decisões e a execução das políticas públicas. Criado em 2005 pela Prefeitura de Rio Branco, o PGP está com inúmeras pendências.
O secretário de governo da prefeitura, Evandro Luzia, admite os atrasos nas obras pactuadas, justiçando-as. Ele disse que o município já está repactuando outros compromissos. O presidente da União das Associações de Moradores de Rio Branco (Umarb), Gilson Albuquerque, informou que, no último dia 17, a entidade entregou à prefeitura e ao governo estadual um relatório. Nele, os líderes comunitários das sete regionais de Rio Branco avaliam a situação.