A democracia pressupõe o respeito ao contraditório e as diferenças de opiniões. No entanto, quando surge um impasse existem as eleições ou os plebiscitos para saber a vontade da maioria. Foi isso que aconteceu com o Referendo do Fuso Horário do Acre. Alguns gostaram da mudança e outros não. Era natural que houvesse uma consulta popular para consignar a vontade da maioria.
Realizado o Referendo com recursos públicos do TRE/AC a homologação do resultado deveria ter sido automática. No entanto, surgiram vários questionamentos de ordem legal que fizeram com que um resultado consagrado nas urnas fosse adiado por quase oito meses. Agora, o Senado apenas reafirmou aquilo que o plebiscito determinou.
Vale lembrar que em recente visita ao Acre o presidente do PT, Rui Falcão, destacou como bandeira partidária na Reforma Política uma maior constância de consultas populares no Brasil. Nem sempre os resultados vão agradar a gregos e troianos, mas será o manifesto mais claro e cristalino da democracia brasileira. Esse tipo de instrumento poderá orientar os nossos governantes para estarem mais próximos da vontade popular. Assim a cada dia amadureceremos naturalmente a nossa nascente democracia sem sustos e sobressaltos.