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Crianças lotam unidades de saúde com problemas respiratórios

Mesmo com a redução nas queimadas, a população rio-branquense lota os hospitais para se curar do mesmo mal que a atacou no 2º semestre de 2010: problemas respiratórios por causa da fumaça e da baixa umidade do ar.  Além de intoxicar os pulmões das pessoas, principalmente crianças e idosos, a es-tiagem deixa a cidade cinzenta, com fuligens caindo sobre as cabeças de todos. Somente em agosto, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tucumã atendeu 1.276 crianças com problemas respiratórios.

Embora já seja considerado um número alto de registros, a tendência é que as unidades recebam cada vez mais de pacientes em busca de atendimento médico para as doenças de intoxicação dos pulmões. Setembro é o mês mais crítico. Além das queimadas urbanas, a poeira, a fumaça e o calor também causam desconforto e irritação nas pessoas.

A gerente do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), Eliadia Prudêncio, disse que a demanda de pacientes com problemas respiratórios aumentou nos últimos 10 dias. “São pacientes de todas as idades, com problemas de asma, doenças alérgicas e, principalmente, sofrendo com bronquites e sintomas de enfisema pulmonar”, informou ela, acrescentando que 180 pes-soas, em média, procuram a unidade semanalmente.

A recomendação é para quem já tem asma, bronquite ou outra deficiência respiratória que fique atento e se previna. “As pessoas que já sofrem com esses problemas devem tomar a medicação adequada. Outro cuidado é não se expor nos horários em que as nuvens de fumaça estão mais intensas”, alertou Eliadia. Segundo ela, há uma preocupação de que o número de casos de pessoas com doenças respiratórias aumente neste mês, tendo em vista que muitos produtores aproveitam a época para renovar seus pastos.

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