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Familiares protestam e denunciam erro médico em morte de servidora

Parentes, amigos e colegas de classe da estudante Elissandra Silva de Souza, 30 anos, mãe de 2 filhos, fizeram ontem um protesto em frente ao prédio do Ministério Público Estadual (MPE). Elissandra morreu após fazer uma cirurgia de laqueadura de trompas. Agora, os amigos querem a intervenção da instituição no caso, pois, segundo eles, a classe médica estaria protegendo alguns de seus membros. A declaração de óbito, assinada pela médica Elaine Soares Leal, deu como causa da morte uma ‘perfuração intestinal’ que teria ocasionado uma infecção generalizada.

Recebidos pela promotora Patrícia Rêgo, os manifestantes, portando faixas e cartazes, clamavam por ‘justiça’ e chegaram até a fechar a Rua Marechal Deodoro. Eles que-riam ser recebidos, imediatamente, pelo promotor Gláucio Oshiro, que é responsável pela Promotoria de Saúde e Direitos Humanos. “É uma dor muito grande para mim e para as minhas duas filhas”, disse o viúvo, Jean Francisco Bezerra.

De acordo com o termo de declaração feito na Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, Elissandra realizou, no dia último dia 20, uma cirurgia no Hospital das Clínicas, justamente com a médica Elaine Soares Leal. No dia seguinte, teria recebido alta, mesmo sentindo dores abdominais e vômitos. Na madrugada do dia 22, o marido ligou para o Samu. Os médicos apenas teriam indicado remédios para gases.

Na mesma madrugada, parentes acionaram novamente o Samu, desta vez com a paciente já em estado grave. Ela foi encaminhada para a maternidade, mas, segundo os familiares, a maternidade não teria médicos pra atendê-la. Depois de novas medicações, Elissandra foi novamente encaminhada para o Hospital das Clínicas. Após alguns exames, ela foi submetida a uma cirurgia e não resistiu. Os médicos comunicaram o falecimento dela, após solicitar um exame cadavérico. A família registrou uma ocorrência na 4ª Regional. 

 

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