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Réplica do fóssil de crocodilo gigante achado no Acre será atração de museu do RJ

A peça reconstituída do fóssil do crocodilo gigante que habitou o pantanal acreano há cerca de 10 milhões de anos – o Purussaurus brasiliensis – será um dos destaques da exposição ‘Memórias da Terra’, no Rio de Janeiro. A mostra fará parte do Museu da Geodiversidade, que será reinaugurado na próxima quarta-feira, dia 14, na ‘Ilha do Fundão’ (no térreo) da universidade federal carioca, a UFRJ. O museu foi aberto em 2008, mas estava interditado há cerca de 2 anos, para obras de revitalização do espaço e para ampliação do seu acervo.

A réplica que fará parte do estoque do museu da UFRJ é a mesma que está exposta na sala de amostra do Departamento de Paleontologia da Universidade Federal do Acre. Elas foram feitas a partir do fóssil original da mandíbula, achada por uma equipe de pesquisadores da Ufac no Vale do Juruá, na década de 1980. Com base nesta peça fóssil (que também se encontra na Ufac), paleontólogos estimam que o Purussaurus era um tipo de crocodiliano que pesava em torno de 10 toneladas e chegava a ter 18 m de comprimento.

“Encontrado no Acre, região da Amazônia, este era um lagarto colossal. Até hoje, é tido como o maior crocodilo que já habitou a Terra”, comentou o paleontólogo Ismar Carvalho, cientista da Faperj e um dos idealizadores do museu da UFRJ.

As reformas do museu da UFRJ foram planejadas para que o lugar retratasse o processo histórico de formação do planeta, ao longo de todas as suas eras.

Além do fóssil do crocodilo, outras  devem ficar por conta do simulador interativo da abertura da crosta terrestre (tal como se a pessoa estivesse num terremoto); da grande diversidade de solos, rochas, diamantes e outros substratos minerais; dos ossos de dinossauros mais clássicos (pterodátilos, tiranossauro, etc) e dos conjuntos de estruturas fossilizadas por algas gigantescas verdes e azuis (cianobactérias, que chegaram a pesar 1 tonelada).

Além disso, o espaço conta com um repertório de rochas espaciais (meteoritos e afins) achados na Terra, amplo material para pesquisas na área geológica e pesquisadores de alto grau de formação.

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A Gazeta do Acre: