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Assassino de Gil Betão é preso em RO, acusado de matar pedagogo

O acusado pela morte do pecuarista acreano Gilberto Afonso Lima de Moraes, o ‘Gil Betão’, de 28 anos, irmão do ex-deputado Junior Betão, foi preso de novo na tarde de anteontem (terça, 27), em Porto Velho, Rondônia. O suposto assassino, Luciano Gomes Simão, de 30 anos, instrutor de trânsito, foi preso após uma longa perseguição de carro travada com a polícia rondoniense. Pela morte do fazendeiro acreano, ele cumpria pena no Presídio Urso Branco (principal unidade de contenção do Estado vizinho), mas estava foragido há alguns meses.


Luciano também é suspeito de envolvimento no latrocínio do pedagogo Paulo Gonçalves dos Santos, da Prefeitura de Porto Velho. Na ocasião, o educador teve o carro (um Space Fox, placa NBQ 8709) e vários bens de sua casa roubados. O funcionário público estava desaparecido desde a última sexta (23). Seu corpo foi achado na segunda (26), em uma estrada (Morrinho) de uma vila (Paulo Leal) da zona rural de Porto Velho, a cerca de 40 Km da cidade.

A captura se deu através do pedido de prisão preventiva decretada pela Delegacia de Homicídios de RO. Mas cumprir tal ordem não foi assim tão fácil. Tudo começou quando a polícia rondoniense montou uma investida para localizar o carro do professor. Ao identificá-lo na zona sul de Porto Velho, a polícia o surpreendeu e deu a ordem de parada a Luciano, que dirigia o Space Fox roubado, do pedagogo. Luciano não seguiu a ordem e arrancou em alta velocidade rumo à BR-364, no sentido Porto Velho-Cuiabá/MT. A polícia saiu logo atrás dele, com 10 viaturas.

Ao chegar no posto cinematográfico de Jerusalém da Amazônia, Luciano tentou despistar a polícia entrando numa estradinha vicinal de terra. Mas, devido à alta velocidade, ele acabou perdendo o controle do carro e capotou, batendo contra uma árvore. O acusado foi preso e levado ao PS João Paulo II, para tratar das lesões causadas pelo grave acidente. Ao se tratar na unidade hospitalar, Luciano será encaminhado à Delegacia de Homicídios (a mesma que apurou a morte de Gil Betão) para prestar esclarecimentos sobre a posse do carro e o assassinato, depois será reenviado à prisão. Segundo um dos investigadores da morte do pedagogo, falta só confirmar qual é o nível de participação de Luciano no crime.


A morte de Gil Betão
Luciano é o principal acusado pelo inquérito da polícia de RO de ser o autor dos 2 disparos (1 na cabeça e 1 no pescoço) na execução do pecuarista acreano. O crime aconteceu às 5h30 da manhã do dia 27 de janeiro de 2008, em frente ao Cobras Motel, na Avenida Carlos Gomes, no bairro Embratel, zona norte de Porto Velho. Luciano foi preso e julgado pelo latrocínio de ‘Gil Betão’, na 1ª Vara do Tribunal do Júri de PV.

Na época se conjecturou que a motivação para o crime teria sido passional (o que o levaria para julgamento em júri popular) e que Luciano havia morrido ao ser ‘comido pela onça’, termo usado para dizer que ele havia sofrido represálias da família. Mas nada disso saiu do campo dos boatos e suposições.

 

 

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