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À luz da razão

O anúncio da construção de um parque gospel desencadeou uma saraivada de críticas. Muitas delas razoáveis, justas. Outras marcadas pela intolerância. O que deveria levar os responsáveis pela idéia e a sociedade a refletir sobre a prioridade e oportunidade deste tipo de iniciativa.

À luz das leis do país e da razão, evidentemente, que nenhum governo pode destinar recursos públicos para beneficiar ou privilegiar esta ou aquela religião. O chamado estado laico é uma conquista da humanidade que não pode ser ignorada nem afrontada.

Nada impede, entretanto, que o poder público construa um local a ser utilizado para a realização de cultos ou festejos, desde que seja fran-queado a todos os credos e a todas as entidades civis organizadas. Mesmo assim, claro, é preciso que se analise a prioridade de um projeto desses que custará dinheiro público em detrimento de outras necessidades.

Por outro lado, que isso não sirva para exacerbar ainda mais o sectarismo, de um lado, e a intolerância de outro, duas atitudes deletérias que tanto mal fazem a qualquer sociedade, responsáveis inclusive por conflitos armados e todo tipo de selvageria.

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