O prefeito Raimundo Angelim lançou neste sábado, 19, o Dia D de Combate à Dengue, mobilização que reuniu agentes de endemias, gestores, lideranças políticas e comunitárias em atividades de vistoria de imóveis, distribuição de panfletos, adesivagem de veículos em 14 pontos de Rio Branco. 
O lançamento ocorreu no Centro de Saúde Hidalgo de Lima, no bairro Aeroporto Velho, e contou com a presença da secretária de Estado da Saúde, Sueli Melo, da deputada federal Perpétua Almeida e do secretário municipal de Saúde de Rio Branco, Osvaldo Leal. “Tenho certeza que vamos vencer esta guerra porque estamos juntos”, disse o prefeito.
Com o lema “Dengue: a guerra não pode parar – combata a dengue dentro de casa”, a campanha contra a doença chega a sua terceira etapa e visa conscientizar a população quanto aos riscos de se manter água limpa parada nos quintais neste início de inverno, o ambiente propício para reprodução do mosquito. A meta é reduzir a preocupante taxa de infestão do mosquito vetor (10 em cada 100 imóveis apresentam focos do inseto, o que inidca que os moradores não estão fazendo sua parte mantendo os quintais limpos). “Não é uma ação da maioria mas de todos. É necessário que todo mundo se envolva para que possamos vencer o mosquito”, pediu o secretário Osvaldo Leal.
Sabe-se que os depósitos positivos do aedes (aqueles que contém larva) são de abastecimento de água: caixas d’água, cisternas, barris, entre outros e 15,9% são em pequenos depósitos móveis como: baldes, bacias, garrafas servíveis, e outros, depósitos estes que devem ser amrzenados da chuva e receber limpeza semanal para impossibilitar a procriação do mosquito.
A expressiva infestação do vetor demonstra a dificuldade de combatê-lo mesmo diante dos esforços que vem sido empregados nesta ação. Por isso é de extrema importância a participação efetiva da população neste processo, incorporando medidas simples de prevenção no dia a dia.
Além das visitas domiciliares, os agentes e estudantes atuam nas escolas dando continuidade ao Projeto: “Prevenção Sim Dengue Não! A guerra continua” lançado no final de agosto pela Prefeitura e o Governo do Estado. O projeto tem como objetivo capacitar os alunos para que sejam multiplicadores no combate à dengue em suas famílias e comunidade.
Todos devem combater o mosquito
A população deve adotar algumas medidas, a maioria bastente simples, que visam eliminar o risco de procriação do mosquito: depósitos para armazenamento de água (caixas, tambores, barris e outros), são responsável por cerca de 85% dos criadouros identificados durante as visitas. Por isso devem-se tomar todos os cuidados necessários quanto a estes depósitos como: limpeza regular semanal, com a esfregação das bordas dos depósitos, pois ali se encontram os ovos do mosquito.
Somente realizar a troca da água não é eficaz. Também devem-se manter estes depósitos sempre bem fechados, sem nenhuma possibilidade para entrada do mosquito, do contrário será um criadouro em potencial, a vedação serve também para poços e cisternas.A População deve adotar postura de prevenção e acatar recomendação das autoridades sanitárias e agentes de saúde.
Perigo: moradores ganham tampa para caixas d´água mas não usam
Em 2010 a Operação Guerra Contra a Dengue –a primeira fase da campanha –foi realizada também em parceria entre Prefeitura e Governo do Estado, distribuiu 9.728 tampas de caixa d´água mas os moradores não usam. Em 2011, 3.342 tampas já foram instaladas e há estoque de 24 mil tampas na Secretaria Municipal de Saúde.
O moradores devem também evitar qualquer tipo de depósito que acumule água: baldes, garrafas, aparador de planta, vasilhas. A positividade de larvas do Aedes nestes pequenos depósitos vem aumentado de forma significativa e por isso a importância de abrigá-los da chuva. No caso de bebedouros de animas a limpeza deve ser no mínimo semanal e para vasos de planta, eliminar o prato ou preenche-lo com areia; piscinas devem ser regularmente limpas e tratadas; pneus devem ser abrigados da chuva ou encaminhados para Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (UTRE). Calhas devem ser regularmente desobstruídas para que não acumulem água.
Coleta de lixo que pode virar criadouro
Antes do Dia D, dezenas de caminhões e pelo menos 150 pessoas estiveram –e estão – atuando diretamente no recolhimento de entulhos nos bairros onde há maior infestação do mosquito Aedes aegipty, o transmissor da dengue.
Em abril passado, 4,08% das casas estavam infestadas com o inseto mas atualmente a taxa de infestação subiu para 9,83%. Os bairros mais afetados estão na Regional I, no Segundo Distrito, e na Regional III, nas adjacência do São Francisco.
Agentes e equipamentos da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) e do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre) percorrem essas regiões para acabar com os criadouros do inseto. Sueli Melo anunciou que o Governo do Estado pediu ajuda do Ministério Público para fazer com que as pessoas assumam suas responsabilidades e combatam o moquito dentro dos quintais.
As pesquisas de campo indicam que 80% dos focos do aedes estão dentro dos imóveis. Desses 80%, mais de 70% dos criadouros se foram em caixas d´água ao nível do solo. Essas caixas ficam descobertas e acabam virando criadouros. (Ascom PMRB)