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Acre tem 2º maior índice de crianças entre 10 a 14 anos trabalhando, diz IBGE

Um futuro é destruído cada vez que uma criança troca os livros da escola pelo caixote de engraxate ou o carrinho de venda de doces e salgados. Esta é uma dura realidade que a sociedade acreana ainda precisa superar. De acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), feito com base no Censo 2010, o Acre tem o 2º maior índice nacional de vítimas do trabalho infantil, com 9% dos seus adolescentes e crianças entre 10 a 14 anos já com a obrigação de ‘pegar no batente’ para levar dinheiro pra casa.

Em outras palavras, isso significa que dos 87.707 menores (44.447 meninos e 43.260 meninas) entre 10 a 14 anos que residem no Estado, 7.894 deles já estão trabalhando.

Junto com o Acre, outros 3 estados também figuram na 2ª posição no ranking dos piores índices, todos, logicamente, com 9%. Eles são: Amazonas, Rorai-ma e Pará. O Estado com maior percentual de crianças trabalhando é Rondônia, com 11%. Completando a região Norte, Amapá tem um índice de trabalho infantil de 6% e Tocantins de 7%.

Tudo isso faz com que o Norte seja a região brasileira de maior concentração proporcional de menores trabalhando, com uma média de 8,57% (em torno de 158 mil de crianças). Seguido do Norte, vem o Nordeste (8%), o Sul (7%), o Centro-Oeste (6%) e o Sudeste (4%).

Em relação a média nacional (6%), o Acre está 3 pontos percentuais acima. Dos 17,1 milhões de crianças e adolescentes brasileiros entre 10 a 14 anos, aproximadamente 1 milhão e 26 mil crianças já estão sustentando seus lares. O Acre tem uma representatividade absoluta de 0,77% deste montante. A região Norte inteira representa 15,40% deste total. Já quanto ao percentual de participação do Acre no total da região Norte é de 4,99%.

As principais atividades centralizadoras da mão-de-obra infantil são ramos comerciais, organizações de eventos, propriedades rurais isoladas e, especialmente, o mercado informal.

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