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Alguém tem que responder

A ONG Todos pela Educação, uma organização que desfruta da maior credibilidade entre educadores e gestores públicos, apontou um quadro preocupante. O Brasil tem 3,8 milhões de crianças e adolescentes fora da escola.

O Acre tem um lugar de destaque no estudo divulgado ontem. É o estado com pior taxa de inclusão da região Norte. São 35 mil crianças e adolescentes acreanas que não sabem o que é um banco escolar.
Questionamentos metodológicos à parte, o poder público tem, sim, uma satisfação a dar sobre o problema. O Governo, pela declaração do secretário de Estado de Educação, afirma que “é necessário decompor os dados” e que o estudo “não detalha que o Ensino Infantil é o principal responsável pelo problema do acesso à escola no Acre”. O Ensino Infantil é, constitucionalmente, de responsabilidade das prefeituras.

Outra situação que o estudo não informa é que o Estado do Acre, no que se refere ao Ensino Médio, garante acesso acima de 90% aos jovens em idade escolar. E, no Ensino Fundamental, o acesso ultrapassa os 100% já que a manutenção de escolas públicas em áreas do Amazonas está garantida pelos cofres acreanos.

De um jeito ou de outro o fato é que 35 mil crianças e adolescentes do Acre estão fora da escola. Se é Daniel Zen ou os prefeitos quem deve responder por isso é uma questão menor. O problema tem que ser resolvido. Ou não?

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