Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Nenhum a mais

O fato de nenhum aluno aprovado em Medicina na Ufac efetivar matrícula no prazo regimental exige reflexão. A primeira diz respeito ao processo seletivo da instituição. Foi um erro o Conselho Universitário não ter aderido ao Sisu.

Está evidente que foi um equívoco. Pelo sistema unificado, o aluno faria duas opções e evitaria de expor, mais uma vez, a Ufac a um desgaste público. Não ter aceitação de nenhum candidato aprovado no curso de Medicina traz um descrédito injusto ao curso.

É claro que a Ufac está longe de ter uma escola tradicional na área médica como a Federal do Rio de Janeiro, Bahia ou a Universidade de São Paulo. É uma academia nova, mas que nasce com uma proposta interessante de uma emancipadora prática médica. Um erro da decisão do conselho expõe tudo isso ao xeque.

O vice-reitor da Ufac, Paschoal Muniz, já havia alertado para o fato de que seria baixo o número de alunos matriculados no curso de Medicina. Em artigo publicado no início de janeiro, ele afirmou. “No meu entendimento, o grande problema foi a não adesão da Ufac ao sistema de seleção Sisu”, alertou o vice-reitor Paschoal no texto.

Outra reflexão possível é o papel do Conselho Universitário, composto por mais de 80 membros das coordenações dos cursos. Vale o que decide a maioria. Mesmo respeitando os princípios democráticos, é preciso urgente encontrar uma maneira de o processo seletivo da Ufac deixar de ser notícia.

Sair da versão mobile