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Número de voluntários no Parque de Exposições diminui

O número de voluntários no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco diminuiu. O motivo, de acordo com a coordenação do abrigo, seria a vazante do Rio Acre. Nesta quarta-feira, 14, a coordenadora do parque, Estefânia Pontes, fez um apelo para que, quem se voluntariou no período crítico da cheia, voltasse, caso estivesse disponível.

 Ela salientou que todos os serviços disponíveis durante os piores períodos, como unidades de saúde, policiamento, recreação e as distribuições de alimentação serão mantidos até a última família sair do abrigo. Portanto, a permanência do voluntariado é de extrema importância. “É importante salientar que a alagação não acabou, muito pelo contrário, ainda temos 551 famílias morando aqui no Parque. Precisamos da ajuda da população.”

 Embora o número de voluntários tenha diminuído, todos os esforços são mantidos para que nada falte aos desabrigados. A coordenadora explica que, embora o trabalho tenha redobrado, todos ainda dispõem do conforto necessário para o melhor tratamento e todo o aparato necessário para a boa convivência têm sido mantida.

“Estamos trabalhando muito, mas sabemos que o melhor para as pessoas tem que ser mantido. Elas estão sofrendo muito e isso nos dá forças para continuar lutando. Sabemos que o que elas estão passando não é fácil e, por isso, até a última família continuar aqui, estaremos fazendo o impossível para que nada falte a nenhum deles”, ressaltou.

 O Parque de Exposições é o único abrigo que ainda foi mantido pela prefeitura. Nele,  mais de 2 mil pessoas ainda estão alojadas, recebendo todas as atenções do governo do estado, juntamente com a prefeitura de Rio Branco.

 SolidariedadeA enfermeira Tatiana Barros é recém formada. Enquanto não se consolida em um emprego, decidiu unir o útil ao agradável: ajudar aos desabrigados e adquirir ainda mais conhecimentos. Logo que começou os primeiros problemas com a enchente deste ano, resolveu que seria voluntária.

“Percebi que ajudar quem está precisando não é apenas um emprego que seguirei durante toda a minha vida, é a minha vocação. Tenho de seguir o meu destino. Por que não começar agora? Na minha cidade? Todos estão precisando de apoio, são pessoas que precisam muito mais do que eu, e estou prestando meus serviços, tudo o que aprendi na faculdade”, explica.

 Ela afirma, ainda, que aprendeu muito mais com os médicos presentes no abrigo. Questões de urgência, de atendimentos rápidos e emergenciais e, principalmente, amor ao próximo, foram ensinadas na prática. “Existem coisas que não se aprendem na cadeira da universidade. Um abraço de uma criança, agradecendo por ter ajudado na cura de qualquer doença, por mais simples que seja, é de uma gratificação enorme”.

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paula: