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Engenheiros entregam documento à Bancada Federal do Acre

Profissionais da engenharia acreana estão em greve desde o dia 23 de abril. Ontem (30 de abril), no auditório da Superintendência Federal da Agricultura, foi entregue um documento com as reivindicações para a bancada federal do Acre, representada pelos deputados Flaviano Melo e Márcio Bittar e pelo senador Sérgio Petecão. Toda a categoria esteve presente na reunião, onde as propostas foram apresentadas.

Segundo Tião Fonseca, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Acre (Senge/AC), o governo ainda não os receberam para fazer negociações. “Na última sexta-feira, fomos ao Ministério Público Federal (MPF) denunciar as obras que estão sem a fiscalização dos engenheiros. Desde 2009, estamos em conversa com o governo, mas nada foi solucionado. A greve é em desrespeito, estamos firmes. Queremos o cumprimento do piso salarial, que está na constituição e que não está sendo cumprido pelo atual governo. Voltaremos ao MPF para denunciar a prática da terceirização, já que é um absurdo um funcionário terceirizado ganhar o dobro de um engenheiro concursado”.

Flaviano Melo, que tem formação em engenharia civil, afirmou que tem procurado debater as questões do setor na Câmara Federal. “Vejo que aqui os profissionais estão sendo desrespeitados. Não há justificativa para o não cumprimento da lei. Essa é uma categoria que participa do desenvolvimento do Estado e deve ser valorizada. Em Brasília, sempre falo sobre a engenharia”.

O senador Sérgio Petecão disse que diálogos devem ser abertos. “Noventa por cento dos recursos federais poderão deixar de ser repassados se não houver fiscalização. O governo deve conversar e ouvir a categoria. Essa greve poderá trazer grandes prejuízos para o Acre e para a população. É preocupante. O mínimo que se deve fazer é melhorar essa relação entre o poder e a categoria”, afirmou.

Márcio Bittar explicou que os serviços serão eficientes quando os profissionais forem valorizados. “Há muitos anos existe uma luta pela eficiência do serviço público. Para que isso aconteça, os profissionais têm de receber bons salários, além de ter a ajuda do Estado para se especializarem. Temos que acabar com essa história de ‘entrar pela janela’. Concursos públicos devem ser realizados e quem tiver mérito deve atuar na profissão”.

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