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Inpa e Suframa reforçam o debate sobre ‘economia verde’ para a Rio+20

Cientistas e representantes de instituições de pesquisa se reuniram ontem na sede do Tribunal de Justiça do Acre para participar de uma mostra de trabalho com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia no contexto da economia verde: situação atual e desa-fios”. O encontro, organizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e pela Suframa, já passou por RR e RO e no dia 5 estará no Amazonas.

As discussões integram um fórum preparatório para a Rio+20 que ocorrerá de 20 a 22 de junho no RJ. Ontem, os cientistas, acadêmicos e gestores apresentaram ações concretas que demonstram como a relação entre ciência, comunidade e poder público pode ter uma agenda propositiva.

“Precisamos saber com exatidão quais demandas da ciência, tecnologia e inovação podem contribuir para a economia verde”, afirmou o coordenador de Ações Estratégicas do Inpa, Estevão Monteiro de Paula.

“A economia verde ainda está meio cinzenta”, ironizou o pesquisador do Inpa, Evandro Ferreira. “Um bom exemplo de empreendimento que trabalha com o conceito de economia verde é a fábrica de preservativos Natex porque mantém uma atividade de baixo impacto ambiental, traz benefício social e econômico, preservando a cultura do extrativista”.

O pesquisador só questiona se a sociedade está amadurecida o suficiente para custear essa ideia. “A camisinha produzida na Natex é mais cara do que as demais feitos com borracha de árvores plantadas”, pontua. “O desafio maior é fazer com que a sociedade pague mais caro para ter garantia de preservação”.

Economia Verde – Não há consenso em relação ao conceito de Economia Verde. E, 20 anos após a Rio 92, percebe-se que é cada vez mais forte a relação entre a sustentabilidade econômica com a ambiental. Sobretudo na retórica dos empresários e gestores públicos. A ONU entende que é a “economia verde” é uma economia onde há baixa emissão de carbono.

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