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Seminário debate inclusão da cultura indígena nas escolas

O Fórum da Igualdade Étnico-Racial, o Conselho Estadual de Educação e o Governo do Estado coordenaram, na manhã de hoje (19), o II Seminário da História dos Povos Nativos do Acre no Currículo das Escolas não Indígenas. Participaram do encontro representantes da Secretaria Municipal de Educação, Assessoria de Assuntos Indígenas, Organização dos Professores Indígenas do Acre, Ufac, Ifac, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e da Fundação Nacional do Índio (Funasa).

De acordo com Alemerinda Cunha, coordenadora do fórum, o objetivo principal é levar às escolas a cultura indígena. “O nosso objetivo é trabalhar junto às escolas a efetivação da Lei 11.645. Esta lei traz a obrigatoriedade do ensino da cultura afro-brasileira e indígena para as escolas, desde o ensino infantil até o ensino médio.

Temos que valorizar, resgatar a cidadania e os direitos da população indígena. Eles são brasileiros que já estavam aqui antes de o Brasil ser povoado. Percebemos uma discriminação por ignorância e desconhecimento das pessoas”.

Suely Amélia, representante do conselho estadual de educação, afirmou que diretrizes serão discutidas na próxima semana. “Na constituição, o estudo da educação indígena já estava contemplado. O Conselho Estadual de Educação vem se preocupando com o estudo dessa temática. Na próxima semana, serão discutidas, no Conselho Nacional de Educação, as diretrizes escolares para a educação indígena”, disse ela.

O professor de artes cênicas, Flávio Lofego, disse que ainda há muito preconceito acerca da cultura indígena. “Iniciativas como esta podem fazer com que a discriminação contra os povos indígenas diminua. É de grande importância a inclusão deste tema nas escolas. Sempre há alguma história de intolerância contra os indígenas. Isso porque ainda persiste na nossa sociedade uma visão preconceituosa, que vê o índio através de estereótipos. Através do contato conjunto, o preconceito é quebrado”. 

Para a inclusão da cultura, várias formas serão utilizadas, como explicou Zezinho Kaxinawá, assessor especial do Gabinete Civil para os Povos Indígenas. “A forma de inserção será através de materiais didáticos, vídeos, cartilhas, palestras. Os alunos devem ter conhecimento da realidade indígena”, finalizou.

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A Gazeta do Acre: