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Aníbal anuncia solução definitiva para haitianos

Pouco mais de dois anos depois do terremoto que assolou o Haiti  e que matou pelo menos 200 mil pessoas e forçou outras milhares a fugir daquele país em busca de reconstruir a vida, a diáspora haitiana, que trouxe para o Acre cerca de 2.300 cidadãos, e para a Bolívia e o Peru outras centenas de homens, mulheres e crianças, parece estar perto do fim.

O senador Aníbal Diniz revelou ontem, no plenário do Congresso, que os governos brasileiro e peruano chegaram a um consenso e resolveram em conjunto regularizar a situação imigratória dos haitianos remanescentes que ainda permanecem na cidade peruana de Iñapari (270 refugiados) e na cidade brasileira de Tabatinga, no vizinho Estado do Amazonas (363 haitianos).

Essas famílias, que haviam entrado no Peru após o dia 13 de janeiro, data em que o Governo brasileiro decidiu barrar a entrada de haitianos, e antes do dia 31 de janeiro, data em que o governo peruano também decidiu dificultar a entrada de haitianos em suas fronteiras, alojadas em condições subumanas em Iñapari, que faz fronteira comAssis Brasil, no Acre, estão autorizadas, desde quarta-feira passada, a permanecer em território brasileiro legalmente e em condições de ir em busca de trabalho e sobrevivência digna, perdidos em sua terra natal.

A Polícia Federal brasileiro está autorizada a fornecer os documentos necessários para esta regularização, bem como o Ministério do Trabalho e Emprego se somará a este esforço para que este contingente possa conseguir emprego legalmente em território brasileiro. A medida é restrita a estes dois grupos e, não valerá pra novos refugiados. 

Ela vale só para aqueles que, no período de 13 de janeiro a 31de janeiro, entraram no Peru e acabaram ficando ilhados. A partir destas datas, Brasil e Peru estancaram a entrada de ovos refugiados em seus territórios.

A partir desta terça (10), todos os dias sairá um ônibus de Iñapari levando 30 haitianos para Rio Branco. Serão priorizadas as mulheres com crianças, os doentes e os idosos. Mas, segundo o secretário Nílson Mourão, até sábado, todos os 267 haitianos estarão em Rio Branco, onde serão providenciados os documentos necessários para que eles possam trabalhar no Brasil para as empresas interessadas no seu trabalho. (Assessoria)

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